terça-feira, 10 de setembro de 2013

VANS

Terça, mais um dia de oficioso atraso. Eu tenho pressa, pressa, eu coelho de Alice, correndo com o relógio nas mãos, alerta e estressada. Tomo uma van, duvidosa, como todas.
Acontece de tudo em vans do mais corriqueiro, como extrapolar limite de pessoas, mesmo com os passageiros reclamando; funcionar sem ar-condicionado, mesmo indicando que tem e pagando o preço por ele, sem ser avisado previamente; também trocam cartões magnéticos, se você bobear;  te fazem pagar duas vezes uma passagem; escutam um som astronômico de baixo nível no seu ouvido a viagem toda  e por aí vai.  Verdadeiras ciladas, elas são como o cartão postal do Rio ao avesso; “vejam turistas, tudo o que temos de podre, a nossa esperteza macunaímica da pior qualidade”...
Sento no banco perto da porta, qualquer coisa, é melhor tentar cair fora de um veículo em movimento do que sofrer na mão de um assassino, vai saber.
Perigosas e estressantes, alguns de seus condutores e cobradores são bandidinhos despudorados e conversam sobre tráfico de modo descarado na cara do passageiro, por um código deficiente e palerma que eles devem achar que funciona, pois são estúpidos o suficiente pra não perceberem que seu vocabulário de meia dúzia de palavras não engana ninguém, ou consideram que os passageiros têm mais em que pensar e não prestam atenção neles, se sentem impunes. Esse, particularmente para subitamente no meio da Avenida Brasil, quicando doidamente, quando um maluco se interpõe entre o vidro do motorista e o asfalto claramente perigoso pedindo carona com cara evidente de marginal que varou a noite no “batente” e os passageiros honestamente trabalhadores ficam com as antenas ligadas: “Pô , malandro, dá uma aliviada aí”...”vai por onde? “ “ah, não dá pra mim, valeu”. Escapamos de uma , quando o motorista, solta pro cobrador: “pô, carona eles querem, mas pra conseguir um pra vender uma pedra pra mim, é difícil.”. Não se ouve um pio dos passageiros, que se fingem de mortos.
O descaramento é uma doença nacional e particularmente muito eficiente nesta cidade.
E, policiais nunca andam de vans... 

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