Vi uma
crítica negativa deste filme num site de cinema e outra positiva, num blog. Não
confio em blogs e por isso tenho um, claro rsrs. Mas , resolvi assistir ao
filme assim mesmo, primeiro porque adoro o
Ben Stiller, e segundo, porque adoro controvérsias.
Bem os dois
estavam certos ao mesmo tempo: o filme é bem bobo mesmo, desses que sobram
cenas hollywoodianas: exageradas, mentirosas, implausíveis. Num certo momento ele fica tão farsesco, que a gente pensa que o roteirista só pode estar
chamando a gente de idiota...mas é nessas horas justamente que o filme nos compensa
com cenas de tirar o fôlego , tal a beleza das imagens.
Sinceramente,
é um filme irresistível. O cidadão precisa estar muito mal com a vida, pra não
se emocionar com ele. Eu juro que chorei. É um filme emocionante e lembra como
o cinema pipoca às vezes é exatamente o tipo de filme que precisamos ou
queremos ver.
O sucesso
desse tipo de filme é como o dos livros de autoajuda: faz com que o cidadão
ordinário, comum , acredite que sua vida tem valor.
Se você
é como eu, e já viu alguém
comum , normal, morrendo e
avaliando a própria vida à beira da morte, vai perceber, como eu percebi, que
toda vida tem valor mesmo. Aquela história do grão de areia no oceano. E isso
não é nenhuma mentira... acho que eu
até podia pensar em escrever livros de
autoajuda baseada nisso, mas vou deixar essa tarefa pra outra pessoa...rs
De qualquer
maneira o filme funciona e mais ainda porque conta com a presença de Sean Penn,
que faz o fotógrafo Sean. É isso aí, ele quase interpreta ele mesmo rsrs.
A grande
sacada do filme é mesmo a ideia contida na “filosofia” do fotógrafo brilhante e
enigmático que diz ao encontrar um leopardo raro que se esconde nas montanhas do
Himalaia: “ coisas bonitas não precisam de atenção” . Ai, meu Deus, quanta
gente devia ouvir isto!!!
Ele espera horas pra fotografar o leopardo,
mas quando o animal finalmente vem e olha direto pra câmera dele, ele perde a foto, de propósito. Pra não perder o leopardo, ele perde a foto!!!
O Cristo apareceu bem claro então, com o sol por trás e
foi como se fosse uma aparição, uma
coisa mágica. Ficamos sem fôlego:
“Você não vai bater a foto?” meu primo
perguntou
Eu, que
fiquei tão besta olhando aquilo, não tive reação suficiente pra pegar a câmera
etc.
Falei
baixinho:
“Essa vai
ser revelada na memória.”
Nunca
esquecemos essa cena. Foi perfeita!!!!
Tanto que
nunca mais voltei no Cristo, tenho medo de estragar essa primeira experiência...
Eu também adorei aquele leopardo na lente do
fotógrafo que perdeu a foto e o filme me ganhou ali, para sempre!
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